Novo glossário sobre COVID-19 em inglês, espanhol e português

Terminologia da COVID-19 em inglês, portuguê e espanhol

A pandemia da COVID-19 tem se estendido pelo mundo inteiro. O fato tem levado a maioria dos países a declarar estado de emergência sanitária, promulgar leis e adotar medidas sem precedentes para combater a pandemia e impedir o colapso da saúde pública.

Dinamicamente à melhor compreensão deste novo vírus, a terminologia relevante utilizada também evolui e com rapidez, o que gera confusão nos meios de comunicação e desafios para os tradutores ao trabalharem com textos relacionados ao novo coronavírus.

Em virtude disso, decidimos criar um glossário destinado aos tradutores, editores, comunicadores e qualquer outra pessoa que trabalhe na área, a fim de ajudá-los a compreender a terminologia usada neste contexto. Com mais de 60 definições dos termos em inglês, espanhol e português brasileiro, acreditamos que nosso glossário é o mais completo sobre a COVID-19 nesses idiomas.

Objetivando mantê-lo o mais atualizado possível, continuaremos acrescentando-lhe termos à medida em que a situação mude ou que recebamos sugestões de nossos profissionais, tradutores e revisores, e demais colaboradores.

Para erradicar a grande confusão estabelecida nos meios de comunicação relativamente aos termos utilizados para a nova pandemia da COVID-19, esperamos que este glossário efetivamente ajude a que a informação seja mais precisa e clara. É nosso desejo contribuir para informar e combater o vírus mediante uma linguagem clara que busque a exatidão.

O glossário ajudará a entender termos que frequentemente geram confusão, como quando usar máscara cirúrgica e quando usar respirador N95, quais as diferenças mais importantes entre SARS-CoV-2, coronavírus e COVID-19, e por qual razão não são a mesma coisa quarentena e isolamento.

Este glossário é vital não apenas para uma tradução precisa como também para entender melhor os conceitos inerentes a esta pandemia e ajudar a difundir informação responsável ou confiável.

Visitem-no com frequência pois o atualizaremos continuadamente.

Clique aqui para acessar.

Se precisar traduzir informações vitais para o inglês, português ou espanhol, contate-nos para um orçamento gratuito.

A língua portuguesa será celebrada mundialmente a cada 5 de maio

Dia da Lingua Portuguesa - 5 de maio

Alentada há muito pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua de Portugal, a proposta de celebração do dia mundial do idioma que é a última flor do Lácio foi aprovada pela UNESCO, ainda que não seja uma das línguas oficiais desta organização. A proposta, após sua recente aprovação pelo conselho executivo, será ratificada na conferência geral da UNESCO, em novembro.

Além de pelos países lusófonos, a proposta do 5 maio como dia mundial do idioma foi apoiada, dentre outras nações, pelos vizinhos do Brasil, Argentina e Uruguai, e, ainda, no continente sul-americano, pelo Chile. Na justificativa da proposta, constava que o idioma é o mais falado no hemisfério sul e foi a língua da primeira leva de globalização (o período das Grandes Navegações), deixando palavras e marcas pelo mundo.

Com sua organização sob a batuta dos países que têm o português como língua oficial, o Dia da Língua Portuguesa será oficialmente “inaugurado” em 2020, na sede da UNESCO, em Paris, com uma programação que envolverá shows musicais, eventos literários, exposições e representações culturais, e se estenderá por uma quinzena, de 5 a 20 de maio.

A distinção gera impacto com visibilidade internacional para o idioma e poderá significar um importante passo para que se torne uma das línguas de trabalho na ONU, somando-se ao inglês, francês, chinês, espanhol, árabe e russo.

Como reconhecer um cliente tóxico na área dos serviços de tradução

Reconhecer um cliente tóxico na indústria da tradução é bastante simples: há clientes que te fazem sentir mal, que não te permitem conciliar o sono e que te fazem sentir pavor pelo trabalho que normalmente desfruta.

É importante identificar por que um cliente se tornou problemático e saber como terminar a relação quando for necessário. Os clientes tóxicos têm frequentemente uma (ou mais) dentre as seguintes características:

Te falta com o respeito

A falta de respeito em um nível inicial pode se dar quando um cliente não valora teu trabalho, mas sem causar demasiados problemas. Pode ser, simplesmente, uma falta de gratidão. Pode ser porque tenha de repetidamente escrever-lhe para que confirme que recebeu tua tradução. Além disso, sentir que teu trabalho não é apreciado pode ser muito frustrante e desmotivador.

No outro extremo, as agências de tradução e os tradutores independentes às vezes se defrontam com clientes grosseiros que chegam a maltratar. Quando se cruza esta linha, é difícil seguir trabalhando para eles.

O termo médio pode ser emblematizado por um cliente que te estressa e agonia continuamente. Tenha em conta que, se necessitar tomar algum tempo para relaxar ao final do dia pela forma insistente com que um cliente te trata, isto prolongará tua jornada laboral.

Questiona teu trabalho sem fundamentos

Quando uma companhia contrata uma agência de tradução ou tradutor com trajetória, deve existir confiança. Um cliente que constantemente questiona teu trabalho sem fundamentos e pensa que pode obter um melhor serviço com outro professional, por certo não valoriza teu trabalho. Ainda pior são os clientes que pedem a um empregado bilingue (sem nenhuma experiência em tradução) que revise teu trabalho e confia em tai correções retornando com exigências desnecessárias.

Não respeita teu tempo

Teu cliente pode não respeitar teu tempo de muitas maneiras diferentes. Pode desconhecer quanto leva completar uma tradução e te exigir tempos de entrega absurdos. Os clientes, em certas ocasiões, supõem que se você é um tradutor pode traduzir milhares de palavras de imediato. Um cliente pode monopolizar teu tempo, controlando constantemente o que você está fazendo, alterando a tarefa no último momento ou solicitando mudanças continuamente. Se você tem vários clientes e um deles ocupa, desproporcionalmente a maior parte de teu tempo em relação à quantidade de traduções que você realiza para os demais, isto é injusto para você e para os outros clientes.

Não paga no prazo

As agências de tradução e tradutores têm contas a pagar. Um cliente que não realiza os pagamentos a tempo significa que comprometerá teus compromissos financeiros. Isto não é uma boa prática comercial. As condições de pagamento devem ser esclarecidas antes de começar a trabalhar com um cliente novo para evitar problemas.

Não paga os preços justos

Os clientes que pagam tarifas baixas nem sempre são maus clientes, alguns simplesmente não têm recursos para pagar mais. É, pois, tua eleição trabalhar com eles ou não. Depois de tudo, não se trata somente de dinheiro. Aceitar pequenos projetos em um tema que te interessa por uma remuneração mais baixa pode ser justamente o que você necessita para estar motivado e com trabalho constante. Entretanto, se você aceita preços mais baixos, faça sem ressentimento e faça teu trabalho com o mesmo profissionalismo que faria por preços mais altos, ou mesmo justos.

O problema real surge quando uma empresa de alto nível quer te contratar e oferece te pagar preços irrisórios. Esse é o momento de dizer não, já que não respeita o teu conhecimento, o tempo e o esforço que implica o trabalho de tradução.

Como finalizar a relação com teu cliente

A conclusão é que, se você se sentir incômodo trabalhando para um cliente em particular, então será hora de mudar como proceder.

O primeiro passo será pensar em como melhorar a relação comercial. Se teus esforços não surtirem efeito, então você deverá fazer planos para concluir o vínculo com teu cliente. É primordial fazer isso cuidando de tua reputação.

Se os problemas começaram no meio de uma tradução, de todos os modos convém finalizar o projeto. Deixar os projetos a meio caminho fará que, indefectivelmente, conclua a relação de má forma e o cliente falará muito mal de teus serviços. Recorde que teus serviços podem ser contratados a partir de divulgação boca em boca e na internet e uma ruptura com um cliente pode inibir a recomendação se você deixar uma má imagem. Inclusive, se você decide não seguir com um projeto por razões que não sejam extremas, e pensa que o trabalho pode interessar a outro colega, não há melhor maneira de se sair do projeto que recomendando a alguém que possa finalizá-lo. Desta forma, o cliente sentirá que você foi profissional e que não deixou o  projeto inconcluso.

 

Diga-me em que idioma escreve que eu te direi como rir

Imagine que está em um bate-papo virtual e pretende demonstrar que o que te disseram foi divertido: como expressaria? Uma das maneiras mais óbvias seria digitar “rs rs rs”, ou “rsrsrs”, e “ka ka ka” ou “kkkkk” (quanto mais kás tanto maior o riso), mas como seria se estivesse espancando teu teclado em um chat em espanhol ou tailandês? No primeiro caso, uma opção seria escrever “ja ja ja” (se pronuncia “rra rra rra”) ou “jajajaja” (se pronuncia igual), e no segundo considere digitar “555” (o “5” se pronuncia ‘ha’ em tailandês). Se na janela do teu aplicativo de chat aparece um “www” e quem escreve é um japonês, não confunda pensando que ele quis enviar o endereço de um site web, pois no Japão o símbolo 笑, que significa risada, se pronuncia “warai,” e é abreviado por “w” ou “www”.

No box abaixo encontrará um Guia rápido para poder rir ou gargalhar virtualmente em diversos idiomas:

 

Algumas razões para escolher uma agência de tradução

Agência de tradução versus tradutor freelancer
A escolha entre agência de tradução e tradutor freelancer é importante para qualquer empresa que esteja buscando por serviços de tradução. Quando o preço é o fator a ser levado prioritariamente em conta, algumas companhias optam por um tradutor freelancer pensando que isso redundará em menor custo – mas essa decisão é acertada?

As vantagens de uma agência de tradução

Embora à primeira vista pareça ser a opção mais cara, geralmente muitas companhias descobrem que é muito mais eficaz contratar una agência em vez de um profissional freelancer, se além do fator custo são considerados os fatores qualidade e tempo.

Equipe para seu projeto

Uma das vantagens mais importantes de uma companhia de tradução é o fato de contar com equipes de tradutores gerenciados por um gestor de projetos. Isto significa que o tradutor mais adequado será selecionado de acordo com determinada área de conhecimento ou especialidade, garantindo-se uma qualidade ótima para a tradução.  Os tradutores freelancers são expertos, em sua maioria, em duas áreas de conhecimentos.  As agências são especializadas em diversíssimas especialidades.

Algo mais a considerar, ao contratar uma companhia de tradução sempre haverá alguém para assumir o trabalho se um tradutor adoece ou não está disponível. Decidir-se por um tradutor freelancer significa correr riscos de atrasos caso ocorra imprevistos de último momento.

Prazos

No caso de projetos de tradução de grande estatura, uma agência oferece a possibilidade de integrar vários tradutores na sua concretização, o que redunda na entrega do trabalho em muito menos tempo. O coordenador do projeto se encarregará de gerir as comunicações dentro da equipe de tradutores e revisores, economizando o tempo de todos os envolvidos e assim aportando mais eficiência para o projeto.

Revisão e controle da qualidade

Corrigir nosso próprio trabalho não é uma tarefa recomendável por ser quase impossível, mesmo nos casos de tradutores altamente qualificados. É bastante complicado dar-se conta de cada erro cometido, a exemplo dos ortográficos e gramaticais, quando nos encarregamos sozinhos de um texto. A maioria das agências de tradução oferece serviços de revisão e controle de qualidade, o que representa que a tradução será revisada por outro tradutor. Quando vários tradutores e revisores participam de um mesmo e grande projeto, a tradução será estandardizada para garantir a conformidade ou uniformidade.  Sempre convém exigir de uma agência de tradução que as revisões sejam realizadas por um tradutor distinto do que traduziu o texto.

Mais vantagens

Outra vantagem em utilizar uma agência de tradução é que, geralmente, oferecem opções de pagamento adicionais como, por exemplo, cartões de crédito. E provavelmente contam com tecnologias avançadas de tradução que são custosas para os tradutores freelancers.

Tempo é dinheiro

A razão pela qual afirmamos, em síntese, que uma agência significa mais vantagem em relação ao custo-benefício de um profissional freelancer é simples: tempo é dinheiro. Quanto vale seu tempo? Se tiver de empenhar maior tempo tratando ou gerenciando diretamente com vários tradutores e revisores para o seu projeto, quanto isto estará custando para a sua empresa? Obviamente, o tempo poderia ser empregado em outra atividade crucial da empresa. Portanto, a diferença de custos entre contratar uma agência e contratar um ou alguns tradutores freelancers é algo para se pensar.

A Bahia tem um jeito também no falar: o baianês

Baianês

As naus portuguesas que vieram “descobrir” o Brasil tiveram o seu primeiro porto seguro na Bahia. Ali a colonização do país deu os seus passos iniciais. O Brasil começou, mesmo, pela Bahia. É um microcosmo do país, refletindo muito da mescla racial, cultural e linguística, com uma feição única. Para exemplificar a pungência e cadência do idioma local, vale escutar, para que fiquemos com dois ícones do cancioneiro popular, Dorival Caymmi e Caetano Veloso.

O jeito próprio de falar da gente principalmente da capital desse estado deu ensejo ao “Dicionário de Baianês”, com primeira edição publicada em 1991, compilado pelo escritor Nivaldo Lariú.

É claro que sem a menor preocupação linguístico-acadêmica, Lariú vem organizando a obra com o intuito de registrar e difundir um idioleto que, em certos contextos da vida social ‘soteropolitana’ (isto é, a capital do estado, Salvador), dá toda a dimensão da vitalidade e particularismos da visão de mundo de sua gente.

As palavras e expressões por ele recolhidas surgem, quase sempre, das festas de largo (festas nos espaços públicos), que culminam no Carnaval, a par de situações do dia-a-dia de uma cidade sui generis. A maioria teria origem na ‘Cidade Baixa’ (Salvador comporta, dada a sua geologia, uma parte alta e outra baixa). Por uma questão sociológica nítida para quem vive ou visita com frequência a dita Cidade da Bahia, a parte baixa não anda vertiginosamente em direção à modernização urbana como sucede com a ‘Cidade Alta’. Ali há espaço para um tempo que flui mais manso, propício à chamada “conversa fiada” (descontraída, despretensiosa, livre de toda a correria das metrópoles), feita de encontros nas ruas, na porta das casas, que ainda sucede rotineiramente. As preciosidades vocabulares e as expressões que se convertem em gírias florescem ano a ano. Basta passar um Carnaval na Bahia e voltar em outro ano para dar-se conta.

Fiquemos aqui com alguns exemplos:

ABESTALHADO/BESTALHADO (bobo)

ABILOLADO (maluco, abobalhado)

AGONIADO (aflito)

ALUADO (distraído, desligado, “de lua”)

APOQUENTADO (nervoso, irritado)

ARMENGUE (algo feito de improviso, pessoa ou coisa feia)

ARRASTAR ASA (se interessar sexual e amorosamente por alguém)

BANDA VOOU (pessoa frívola)

BATER A CAÇULETA (morrer)

BOTAR GOSTO RUIM (atrapalhar, perturbar, colocar defeito)

CACARECOS (coisas sem valor)

CARNE-DE-FUMEIRO (carne de porco defumada)

CHEIO DE NOVE-HORAS (complicado, enrolado)

COMER ÁGUA (tomar bebida alcóolica)

DAR ESPETO (sair, por exemplo, de um restaurante sem pagar a conta)

DAR TESTA (enfrentar)

DAR UM AMASSO (“paquerinha”, entrar em contato físico com alguém sem pretensão de estabelecer relacionamento amoroso ou sério)

DE BOBEIRA (à toa)

DE CAJU EM CAJU (esporadicamente)

DESMILINGUIDO (desajeitado)

ENCAFIFAR (intrigar-se, retrair-se)

ENCURTAR CONVERSA (resumir, finalizar)

FOI MAL (pedido de desculpa)

GRUDENTA (pessoa invasiva)

LENHADO (em mau estado)

LESEIRA (preguiça)

MALDAR (agir com malícia)

MALINAR (traquinar)

MELAR (“sujar a barra”, dar errado)

MOFINO (covarde)

NA LEVADA (na onda ou nos modos de um grupo de pessoas, num determinado ritmo musical)

NA MORAL (“numa boa”, de boa vontade)

NEM TCHUM (sem dar importância)

OLHO GORDO ou GROSSO (inveja)

OXENTE (“puxa vida”, caramba!)

PEGAR O BOI (conseguir algo com facilidade)

PICUINHA (coisa sem importância, intriga)

PONGAR (“ir de carona”)

PORRETA (legal, bacana, ótimo)

QUENTURA (calor)

REI DA COCADA PRETA (“metido a besta”, pessoa que a si se dá muita importância)

ROMPER O ANO (ir comemorar o réveillon)

SE LIGUE (preste atenção!)

TIRAR O CORPO (“sair de fininho”, escapulir, “dar o fora”)

TOMAR TENÊNCIA (“tomar jeito”, definir-se adotando atitudes)

TOPETE (ousadia, coragem)

TREITEIRO (dissimulado, malandro)

UMBORA (vamos!)

UZEIRO E VEZEIRO (acostumado)

VAGAL (vagabundo)

VARAPAU (pessoa alta e magra)

VIXE MARIA (virgem maria!)

ZUADA (barulho)

Na moral, se você for, já foi e algum dia voltar à Bahia, para estar ou não de bobeira lá e sua estadia ser porreta, oxente, se ligue no baianês!

 

Conselhos para revisar nossas traduções

Acredita-se que os tradutores podem revisar seus próprios textos. No entanto, isto frequentemente não é tão simples, uma vez que todos nos tornamos “cegos” aos nossos próprios erros. Não importa quantas vezes lemos um texto, muitos erros podem passar inadvertidos.

Qual a melhor maneira de revisar nossos textos?

Que seja você ou outra pessoa o revisor final, sempre deve certificar-se de que sua tradução esteja livre de erros. A seguir, lhe daremos alguns conselhos que o ajudarão a revisar o seu próprio trabalho.

Dê-se um descanso

A primeira regra para revisar sua própria tradução é dar-se um descanso antes de fazê-la. Rever uma tradução tão logo tenha terminado de realizá-la aumentará o risco de passar por alto algum erro. Deve deixar de lado o texto por um determinado tempo e retomá-lo com a mente relaxada.

Formato diferente

Ler a tradução em um formato diferente lhe ajudará a detectar erros que não divisa na tela do computador.  Imprimir, portanto, uma cópia e revisar com uma caneta ou lápis pode ser uma excelente opção. Mas, se preferir não passar o documento a um formato físico, mudar o tamanho, a cor ou, mesmo, a própria fonte tipográfica também pode ajudar bastante.

Não dê crédito total aos corretores ortográficos

Os corretores de ortografia detectam os erros para os quais estão programados, mas não ressaltarão as palavras que tenha utilizado erroneamente por acidente. Por exemplo, “para” converter-se facilmente em “par”, ou ao digitar rápido pode escrever “fala” em lugar de “falar”.

Localizar e substituir

A função para localizar e substituir pode ser uma ferramenta eficaz para encontrar uma variedade de erros. Os tradutores cometem frequentemente os mesmos erros repetidamente, ou ao final de uma tradução podem dar-se conta de que escolheram um termo incorreto. Utilizar o recurso “localizar e substituir” é uma ótima maneira de encontrar seus erros mais comuns e checar se há espaços duplos ou mudar rapidamente certos termos.

Leitor eletrônico de texto

Usar um leitor eletrônico que leia em voz alta o conteúdo que está em uma janela de trabalho em seu computador também é uma excelente opção. Alguns erros que tenha deixado passar por alto podem tronar-se evidente quando escute o texto com uma ferramenta como essa.

Aponte as palavras

Caso decida imprimir seu trabalho e revisá-lo em uma folha de papel, aponte simplesmente as palavras com um lápis e terá uma maior concentração para identificar os erros.

Associe-se com outro tradutor

Associe-se com um colega para que reveja seus documentos é a maneira mais apropriada para que proporcione uma tradução de alta qualidade. Podem chegar a um trato que beneficie a ambos profissionais se revezando no trabalho de traduzir e revisar os documentos.

Saliente os erros nos textos de origem

Como tradutor, poderá identificar facilmente os erros no texto de origem. Tire proveito de seu conhecimento e informe ao seu cliente os erros que encontrar. Com essa medida, seu cliente poderá inclusive ser mais compreensivo, em caso de que, a despeito de seus esforços, passe por alto algum erro durante a tradução.

Nem todas as técnicas que mencionamos funcionam com todos os tradutores. A melhor maneira é provar alguns desses conselhos até que encontre o que mais se adapta ao seu modo de trabalhar. Revisar a sua tradução é parte essencial de seu trabalho. As dicas acima se convertem em bons recursos para que obtenha êxito em traduzir com risco diminuído de errar.

Influência africana no português brasileiro: uma fala mais aberta e com mais curvas

Influência africana no português brasileiro

Portugal, ao lado de Espanha, foi um dos vetores da expansão do Ocidente até as Américas, sob o auspício das Grandes Navegações. Conquistando territórios e forjando mercados, esse país ibérico foi um dos propulsores do mercantilismo. O sistema, por necessidade abrupta e em grande escala de mão de obra, deu ensejo ao tráfico de gente da África para sustentar aquela etapa histórica, subjugando seres humanos mediante a escravidão.

Mesmo antes de efetivar a colonização do Brasil, por esse destino histórico que levou Portugal ao tráfico de seres humanos, no idioma do então reino europeu já se fazia sentir as marcas africanas no vocabulário. Na Colônia brasileira, para além da incorporação lexical, a língua portuguesa se remodelou em relação à da Metrópole. Isto se deveu à força cultural das etnias africanas na constituição da nação. Enquanto em Portugal a fala se caracterizava pelo timbre mais fechado e uma pronúncia com mais arestas, no Brasil se plasmou “mais aberta e com mais curvas” graças ao componente africano, segundo bem afirmam e comprovam Julia T. Yoshino, Luciana Soga, Marília Reis e Raquel Nakasche: em artigo de 1º. de agosto de 2009 na Revista Digital Entretextos, editada pela USP).

Esse componente do português brasileiro impregnou-se em imensa parte do país, marcadamente a partir do litoral do Nordeste nos primórdios da colonização, dando feição própria ao idioma em virtude de uma oralidade distinta. Vogais predominantemente pronunciadas de modo aberto, cadenciadas pela intercalação de algumas poucas fechadas e muitas nasalizadas, apimentaram a língua, dando-lhe a malemolência que a faz soar com uma musicalidade característica. A linguagem popular nos faz divisar na língua uma coreografia em curvas dos passos de um samba, frevo ou baião, para citar três das formas do cancioneiro brasileiro impregnado de “africanês”.

A incorporação não apenas do léxico, como fortemente das tonalidades e acentos ou sotaques africanos, deu-se porque os escravos, ao usar o português como segundo idioma, desde cedo o faziam imprimindo seus hábitos linguísticos, morfológicos e prosódicos. Isto se intensificou, sobretudo, porque, após a abolição da escravatura, a descendência africana passou a constituir importante segmento da população brasileira. A cultura dos oprimidos, seja na agricultura, na culinária, nos mitos populares, na religiosidade, na musicalidade, na forma de designar ou denominar e metaforizar a realidade, assumiu proporções definitivas na composição da identidade nacional.

Exemplificando, quanto ao léxico, quão indistinguível seria o português do Brasil, se não houvesse dourado nele essas conhecidíssimas pílulas africanas trazidas nos navios negreiros:

bagunça, bafafá, fuzuê e muvuca: confusão
moleque: garoto travesso
dengo, cafuné: carinho na cabeleira
fubá: pó extraído do milho para feitura de mingaus e do cuscuz
quitanda: lugar onde se vende frutas, legumes e verduras
batucada: música feita exclusivamente com tambores
agogô, berimbau e zabumba: instrumentos musicais
afoxé e forró: expressões musicais
cachaça: aguardente
fuxico: boataria
caçula: o filho ou irmão mais novo
gangorra: balanço muito usado pelas crianças
banguela: desdentado
gogó: lábia
bunda: nádegas
cafundó e beleléu: lugar longínquo ou desconhecido
lelé: maluco
canga: vestimenta muito usada pelas mulheres para cobrir o biquíni no trajeto de ida e volta da praia
tanga e sunga: vestimenta masculina e feminina para o banho de mar, rio ou piscina
cafofo: moradia improvisada ou cantinho querido onde se vive
caxumba: parotidite epidêmica
jiló: fruta amarga muita apreciada para o preparo de licores alcóolicos
cachimbo: utensílio usado para fumar
capanga: pessoa que atua no apoio a líderes de grupos criminosos
cambada: grupo
muquirana: sovina
babaca: besta ou idiota
lenga-lenga: conversa fiada ou lorota
candomblé, umbanda, orixá, iemanjá, axé, exu, erê, mandinga
e macumba: designações e entidades ou expressões da religiosidade popular
abadá: vestimenta usada em sacramentos e também em festividades populares como o Carnaval
acarajé, abará, jabá, moqueca, mocotó e bobó: comidas típicas
chimpanzé: espécie de macaco
carimbo: selo

Além do mais, imagine-se o quão irreconhecível seria o português brasileiro sem alguns dos recorrentes verbos africanos que cruzaram o Atlântico, tais como:

bagunçar, batucar, fuxicar e carimbar: veja os correspondentes substantivos acima
fungar: fazer ruído pelo nariz
cochilar:
dormitar
xingar:
insultar  
mangar: zombar

As Bibliotecas Nacionais Digitais do Brasil e Portugal

Dentre os principais portais para pesquisa e acesso a conteúdo sobre o idioma e culturas plasmadas em português estão os sites dos serviços das bibliotecas digitais nacionais do Brasil e de Portugal. Dedicam-se à circulação e preservação digital da memória a partir de áreas e temas relevantes.

A Biblioteca Nacional Digital do Brasil-BNDB, integrada à estrutura da Fundação Biblioteca Nacional, desborda a sua atuação através de projetos, base de dados para pesquisa, constituição de uma rede para aglutinar e promover acervos de valor reconhecido, e promoção de exposições.

Relativamente aos projetos, além do corporificado sob a denominação “Rede Memória Virtual Brasileira” que responde pela política digital em sua dimensão mais ampla, são disponibilizados pelo site do BNDB acesso a “200 Anos da Biblioteca Nacional”, “A França no Brasil”, “Projetos Literários” (‘Periódicos e Literatura’). “Guerra do Paraguai”, “Coleção Thereza Christina Maria” (‘Álbuns Fotográficos’), “Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira (‘Viagem Filosófica’), “Memória dos Presidentes da República”, “Brasil e Estados Unidos”, “Tráfico de Escravos no Brasil”, “Arquivo Mário Pedrosa”, e “Cartografia Histórica dos Séculos XVI ao XVIII”.

O projeto da Rede Memória Virtual Brasileira se divide em áreas como: Administração, Alteridades, Artes, Ciências, Costumes, Escravidão, Imprensa, Literatura, Política e Religião.

As Exposições em destaque, neste momento, no portal: “Medeiros e Albuquerque, João do Rio e Benjamim Costallat: Livros”, “O Centenário de Caio Prado Júnior”, e “Dom João VI”.

http://bndigital.bn.br/

A Biblioteca Digital de Portugal-BDP, por sua vez, integra a estrutura de sua Biblioteca Nacional. Como destaques do site da BDP, temos suas “Colecções Digitalizadas”, seus “Sítios Temáticos”, seu “Programa de Cultura Portuguesa”, e seu “Dicionário de Historiadores”.

Dentre essas seções, para se ter uma ideia do que pode ser encontrado, vale a pena saber a que se referem seus sites temáticos: “Os mais antigos jornais republicanos”, “Os ‘hinos nacionais’”, “Arte médica e Imagem do Corpo”, “Estrelas de papel: livros de astronomia dos séculos XIV a XVIII”, “Canonização de D. Nuno Álvares Pereira”, “Colecção José Saramago”, “A Voz do Chão: Miguel Torga”, “As mãos da escrita: 25 anos do Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea”, “António é o meu nome: Rómulo de Carvalho”, “O livro de dentro para fora”, “Eis Bocage…”, “António José da Silva: o Judeo”, “Ilustradores de Quixote na Biblioteca Nacional”, “Hans Christian Andersen”, “Os Portugueses e o Oriente 1840-1940”, “Maria Keil: ilustradora na Biblioteca Nacional”, “Antes das playstations: 200 anos do romance de aventuras em Portugal”, “Pedro Nunes”, “A rotação da memória: Vitorino Nemésio”, “Verdi em Portugal”, “A ciência do desenho”, “A cartografia do Brasil (1700-1822)”, “António Feliciano de Castilho”, “25 de Abril: da efemeridade à História”, “Eça de Queirós”, e “Almeida Garret”.


http://purl.pt/index/livro/PT/index.html

Apoio financeiro para traduções de obras de autores brasileiros

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, anunciou na abertura da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, o Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior. Até 2020, o governo promete investir R$ 12 milhões no programa para estimular a presença da literatura brasileira no mercado editorial internacional.

“Acho essencial que os livros sejam traduzidos para o inglês, o espanhol, línguas mais universais. Só assim vai se poder mundialmente reconhecer o valor da literatura brasileira”, destacou a ministra, dizendo que, em viagens ao exterior, principalmente à Europa, tem visto o “entusiasmo” com o Brasil e o interesse em conhecer melhor a cultura nacional. “A gente só está atendendo a uma demanda que já existe”.

O dinheiro será disponibilizado ano a ano em valores crescentes, sendo R$ 1 milhão este ano, R$ 1,1 milhão em 2012 e 2013, até se chegar a R$ 1,4 milhão em 2020, totalizando a quantia de R$ 12 milhões. A Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura, vai conceder bolsas de US$ 2 mil a US$ 8 mil por obra. As reedições de obras já traduzidas há pelo menos três anos receberão entre US$ 500 e US$ 4 mil por obra selecionada.

As propostas serão analisadas no fim de cada trimestre e, a partir daí, o anúncio das obras selecionadas será feito em até 30 dias. Para o edital 2011/2012, as obras deverão ser publicadas até agosto de 2013.

Fonte: Terra

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