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Tudo vale a pena quando a alma não se apequena

Encontra-se disponibilizado no Portcom, Portal de Livre Acesso à Produção das Ciências de Comunicação, um estudo, da autoria de Luíza Beatriz Amorim Melo Alvim, mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, publicado originalmente no Anuário Internacional de Comunicação Lusófona 2006, e intitulado “Reafirmação da identidade e da cultura portuguesas em Manoel de Oliveira e José Saramago”.

O estudo desenvolve uma análise de dois filmes de Manoel de Oliveira, “Um filme falado” (2003) e “O Quinto Império – Ontem como Hoje” (2004), e ainda do livro “A jangada de pedra”, de Saramago, buscando, no entrecruzamento dessas obras, os rastros dos anseios de grandeza de Luís de Camões e Fernando Pessoa em relação ao idioma e ao Estado portugueses.

No resumo de seu texto, a autora começa chamando a atenção para o estatuto ainda “minoritário” do idioma no mundo, a despeito de ser uma das 10 línguas mais faladas na atualidade. Para sumular sua exposição, segue desfiando:

Porém o atual Estado português não se equipara ao seu passado de império ultramar. Revendo essa situação, o cineasta Manoel de Oliveira  e o escritor José Saramago costumam tematizar em suas obras a dificuldade de lidar com o esse estatuto minoritário e buscam defender a dignidade portuguesa. Dois temas estão marcadamente presentes nas suas obras: a valorização da identidade e da língua portuguesa e a viagem como forma de sua reafirmação, seja refazendo caminhos de antigos exploradores portugueses dos séculos XV e XVI ou revisitando momentos importantes da história de Portugal.

Encontra-se disponibilizado no Portcom, Portal de Livre Acesso à Produção das Ciências de Comunicação, um estudo, da autoria de Luíza Beatriz Amorim Melo Alvim, mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, publicado originalmente no Anuário Internacional de Comunicação Lusófona 2006, e intitulado “Reafirmação da identidade e da cultura portuguesas em Manoel de Oliveira e José Saramago”.

O estudo desenvolve uma análise de dois filmes de Manoel de Oliveira, “Um filme falado” (2003) e “O Quinto Império – Ontem como Hoje” (2004), e ainda do livro “A jangada de pedra”, de Saramago, buscando, no entrecruzamento dessas obras, os rastros dos anseios de grandeza de Luís de Camões e Fernando Pessoa em relação ao idioma e ao Estado portugueses.

No resumo de seu texto, a autora começa chamando a atenção para o estatuto ainda “minoritário” do idioma no mundo, a despeito de ser uma das 10 línguas mais faladas na atualidade. Para sumular sua exposição, segue desfiando:

Porém o atual Estado português não se equipara ao seu passado de império ultramar. Revendo essa situação, o cineasta Manoel de Oliveirae o escritor José Saramago costumam tematizar em suas obras a dificuldade de lidar com o esse estatuto minoritário e buscam defender a dignidade portuguesa. Dois temas estão marcadamente presentes nas suas obras: a valorização da identidade e da língua portuguesa e a viagem como forma de sua reafirmação, seja refazendo caminhos de antigos exploradores portugueses dos séculos XV e XVI ou revisitando momentos importantes da história de Portugal.

O texto pode ser obtido neste link:

http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/anuariolusofono/article/viewFile/1215/960

Algumas Diferenças entre o espanhol e o português

O espanhol e o português são línguas indo-europeias derivadas do latim que se desenvolveram na Península Ibérica durante aproximadamente o mesmo período. Embora as duas línguas estejam intimamente relacionadas pela origem e região de seu desenvolvimento, entre elas existem diferenças importantes que podem criar problemas para falantes de uma ao tentar aprender a outra.

Apesar do fato de seus léxicos conterem bastantes elementos similares, os idiomas diferem significativamente na pronúncia e na semântica ou uso das palavras. Foneticamente, o português é mais próximo ao francês ou ao catalão, enquanto que a pronúncia do espanhol está muito mais perto do italiano. O português inclui um inventário fonêmico maior do que o espanhol, o que explica ser o primeiro geralmente mais difícil de entender para os falantes do outro do que vice-versa, apesar da grande quantidade de semelhança léxica entre ambos os idiomas. Justamente nesse aspecto do léxico, conjugado com a semântica, reside uma das principais barreiras entre as duas línguas, que são os falsos cognatos ou cognados, os “falsos amigos”.  Alguns parágrafos mais abaixo, forneceremos uma ilustração a respeito desses amigos não ‘muy’ amigos.

Para revelar que a estruturação fonêmica do espanhol apresenta menos variedade que o português, basta saber que neste existe muito mais sons vocálicos. Enquanto no primeiro as vogais não apresentam qualquer alteração, ou seja, permanecem fixas na sua pronunciação, no outro há enorme gama de alterações admitidas, por conta da sua pronúncia aberta ou fechada, e nasalizada ou não nasalizada, assim enriquecidas de nuances no Brasil pela importante mescla com línguas africanas.

As diferenças linguísticas entre o espanhol e o português se revelam ainda mais marcantes na língua escrita do que na língua oral, por causa das diferenças nas convenções ortográficas. Contudo, as duas línguas compartilham muito vocabulário que se escreve exatamente ou quase igual (mas pode pronunciar-se em muitos casos de modo um tanto diferente, como nos casos de alteração do lugar da sílaba tônica, e nos casos do som próprio que certas consoantes e encontros consonantais têm em cada idioma).

As diferenças em matéria de vocabulário entre ambas as línguas evoluíram por causa de vários motivos:

  • Enquanto o espanhol reteve a maior parte do seu vocabulário moçárabe, ou seja, de origem moura, a influência do substrato moçárabe no léxico do português foi menor. Ao longo do tempo e em muitos casos, palavras de origem árabe foram substituídas no português pelas correspondentes formadas de suas raízes no latim.
  • Durante o desenvolvimento dessas línguas na Idade Média e Renascimento, o espanhol manteve-se mais autônomo, enquanto que o português foi mais influenciado por outras línguas europeias, a exemplo do francês.
  • O espanhol e o português incorporaram diferentes influências das línguas ameríndias, africanas e asiáticas.

O espanhol e o português compartilham vários cognatos ou cognados, palavras cujos significados podem ser mais amplos em uma língua do que em outra. Por exemplo, o espanhol diferencia entre o adjetivo mucho e o advérbio muy. O português usa a forma muito para essas duas categorias gramaticais. Dentro desse universo dos cognatos, há uma série de termos, chamados de “falsos amigos”, que representam uma das principais barreiras a serem transpostas pelos falantes de um idioma quando passam a aprender o outro.

Como ilustração desses “falsos amigos”, ou seja, palavras de ambas as línguas que “traiçoeiramente” se escrevem de maneira igual ou quase semelhante, mas possuem significados ou usos bem distintos, vejam-se alguns casos:

Português Espanhol
Abono: garantia gratificação. Abono: assinatura, mensalidade; adubo.
Aceite: aceitação, endosso. Aceite: óleo, azeite; óleo lubrificante.
Acordar: despertar. Acordar: lembrar(-se); decidir, combinar.
Acreditar: crer Acreditar: comprovar; creditar.
Ano: ano Ano: ânus.
Apelido: alcunha (Brasil) Apellido: sobrenome.
Balcão: mostrador, barra divisória. Balcón: sacada.
Barata: inseto pestilento. Barata: coisa de pouco valor financeiro.
Borrar: manchar. Borrar: apagar.
Borracha: goma de apagar. Borracha: bêbada.
Botequim: bar. Botiquín: estojo de primeiros socorros.
Carpete: tapete. Carpeta: pasta.
Cena: cena. Cena: jantar.
Cola: substância para unir por contato. Cola: rabo, cauda; fila.
Embaraçada: confundida, atordoada. Embarazada: grávida
Emborrachar: engomar. Emborrachar(se): embriagar(-se).
Engraçado: gracioso, divertido. Engrasado: lubrificado, engordurado.
Esquisito: raro, estranho. Exquisito: excelente, delicioso.
Faro: olfato. Faro: farol.
Fechar: cerrar. Fechar: datar.
Ganância: ambição. Ganancia: ganho, lucro.
Graxa: betume.
Graça: favor; benefício; perdão; estado abençoado; nome da pessõa.
Grasa: gordura.
Oi: Olá. Hoy: hoje.
Jugo: submissão ao poderio e violência de um, vários ou muitos. Jugo: suco.
Largo: amplo. Largo: comprido, longo.
Latido: Comunicação dos cães. Latido: batida do coração.
Ligar: chamar por telefone; unir coisas. Ligar: paquerar.
Logro: fraude, trapaça. Logro: sucesso, êxito.
Mala: valise. Mala: má.
Ninho: Abrigo ou casa de pássaros e aves. Niño: criança, menino.
Oficina: Estabelecimento especializado em consertos. Oficina: escritório.
Osso: matéria dura do esqueleto dos vertebrados. Oso: urso.
Polvo: denominação comum a diversos moluscos. Polvo: pó, poeira.
Prender: deter; sujeitar. Prender: acender.
Rascunho: esboço. Rasguño: arranhão.
Rato: camundongo. Rato: momento, curto espaço de tempo.
Reto: sem curva ou que segue em linha reta, não torto; ânus. Reto: desafio.
Risco: perigo. Risco: penhasco.
Saco: Bolsa ou outro invólucro feito de papel, plástico, tecido etc. para guardar coisas. Saco: paletó.
Salada: Prato de verduras ou legumes. Salada: salgada.
Solo: chão; superfície. Solo: só, sozinho.
Taça: Copo provido de pé, especial para champanhe, vinho. Tasa: taxa.
Tirar: retirar; despir, descalçar. Tirar: jogar fora; chutar; atirar; esticar; esbanjar; abrir (uma porta)
Todavia: no entanto; mas, porém, contudo. Todavia: ainda.


Algumas diferenças gramaticais.

Em termos gerais, as gramáticas do português e do espanhol não variam consideravelmente. Entretanto, existem diferenças relevantes quanto ao uso de artigos, possessivos e outros pronomes, de preposições e de alguns tempos verbais.

O espanhol não admite artigo definido diante de seus ‘possessivos átonos’, ao contrário do que se passa com seus pronomes correspondentes em português.

Português Espanhol
Esta é a minha casa. Esta es mi casa.
Não quis me emprestar o seu carro. No quiso prestarme su coche.
Ele/Ela não quis me emprestar o carro dele/dela. Él/Ella no quiso prestarme su coche.

 

Diferentemente do espanhol, o português admite emprego dos possessivos para se referir às partes do corpo, a acessórios e à roupa.

Português Espanhol
A minha cabeça está doendo. Me duele la cabeza.
João, põe/ponha o seu agasalho. Juan, ponte el abrigo.


Colocação pronominal

Enquanto no espanhol as regras são fixas e idênticas tanto na língua escrita como na falada, em português a colocação pronominal pode variar.

Em português, na língua oral há a tendência de omitir os pronomes em função de seus complementos.

Português Espanhol
– Não sei onde coloquei as chaves.- Então procure (procure-as). Mas não procure (as procure) agora porque temos que ir embora. – No sé dónde he puesto las llaves- Pues búscalas. Pero no las busques ahora que nos tenemos que ir.

O português admite pronomes entre o verbo flexionado e o gerúndio e o infinitivo, fato que não se dá no espanhol (neste, somente antes do verbo flexionado, ou agregado ao final das formas do gerúndio e infinitivo).

Português Espanhol
A Rosa ligou. Disse que está teesperando na lanchonete.Tenho que te contar uma novidade. Ha llamado Rosa, dice que te está esperando / dice que está esperándoteen la cafetería.Tengo que contarte/Te tengo que contar una novedad.

 

Preposições

Em português existem muitas contrações de preposições e artigos. Algumas delas:

da = de + a

no = em + o

numa = em + uma

pelo = per + o

dessa = de + essa

naquela = em + aquela

nisto = em + isto

neste = em + este

deste = de + este

Em espanhol somente são admissíveis em dois casos:

al = a + el

del = de + el

Em outros posts, para os quais – oportunamente – indicaremos os links diretos para o seu conteúdo aqui, abordaremos mais aspectos distintivos ou contrastivos entre os dois idiomas, por demais úteis para evitar equívocos frequentes quando o falante natural de um passa aprender o outro.

*Todos os exemplos acima foram selecionados, com algumas adaptações, de Gramática Contrastiva Del Espanhol Para Brasileños, escrita por Concha Moreno e Gretel Eres Fernández, editado pela Sociedad General Española de Librería, em 2007

Português poderá ser língua oficial das Nações Unidas

O linguista João Malaca Casteleiro disse hoje à Agência Lusa em Macau acreditar que o português se possa tornar na sétima língua oficial das Nações Unidas nos próximos cinco anos, considerando “inevitável” uma reforma daquela organização.

“Portugal está a atravessar uma situação económica difícil e, portanto, o investimento que faz na promoção da língua portuguesa no estrangeiro é enorme”, disse João Malaca Casteleiro, da Academia de Ciências de Lisboa, à margem do 15.º Colóquio da Lusofonia em Macau.

Ao observar que o Brasil “tem uma capacidade maior” para projetar o português a nível internacional, o linguista que participou na redação do novo Acordo Ortográfico considera que hoje a preocupação é “harmonizar as duas intervenções”.

“Neste momento, espera-se que, com a grande projeção do Brasil no plano internacional e uma possível entrada no conselho permanente das Nações Unidas, a língua portuguesa se acrescente às seis línguas oficiais daquela organização, o que poderá acontecer nos próximos três, quatro, cinco anos”, disse.

Malaca Casteleiro admite essa possibilidade ao considerar ser “inevitável uma reforma das Nações Unidas” e ao realçar que existe uma maior “cooperação entre povos e países, como os Estados Unidos, Rússia e a China, que esbateram muitos atritos, o que favorece essa reforma”.

O português é a terceira língua europeia mais falada no mundo, depois do inglês e do espanhol, por 240 milhões de pessoas nos quatro continentes.

Conheça o programa “Cuidado com a Língua!”

O Centro Virtual Camões disponibiliza, em colaboração com a RTP, episódios seleccionados do programa “Cuidado com a Língua!”.

A vertente didáctica e ao mesmo tempo informativa e lúdica, divertida e com algum humor deste programa, é contextualizada com uma descrição dos conteúdos de cada episódio, o que facilita a sua utilização para auto-aprendizagem.

Cada episódio tem seis/sete temas («LÍNGUA VIVA», «CURIOSIDADES LINGUÍSTICAS», «CONFUSÕES LINGUÍSTICAS», «PORTUGUÊS MALTRATADO», «COMO DIZ», «PALAVRAS COM HISTÓRIA», «PALAVRAS MUTANTES», e «EM PORTUGUÊS NOS (DES)ENTENDEMOS»), mas com a flexibilidade de se tratar um só assunto.

Apresentado pelo actor Diogo Infante, que faz a apresentação/ligação de cada programa, com textos em off ou complementares (diálogos, etc.) lidos pela jornalista Maria Flor Pedroso, o programa combina cenas ficcionadas, com imagens de actualidade e outras (arquivo, filmes, etc.), o grafismo, a animação, os diagramas, o vídeo e efeitos sonoros apropriados, misturados com imagens de depoimentos de especialistas ou em inquéritos de rua. A montagem acentua a vivacidade de uma língua tão variada como a nossa.

“Cuidado com a língua” tem a autoria de José Mário Costa, com a participação da professora Maria Regina Rocha e do jornalista João Lopes Marques, que escreveu os guiões de cada um dos 13 programas, produzidos e realizados integralmente pela produtora “Até ao Fim do Mundo”. Encontra mais episódios deste programa no Centro Multimédia da RTP em sistema Podcast.

Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-falar/cuidado-com-a-lingua.html

Um dos programas “Cuidado com a língua!”, episódio sobre o galego.

O Centro Virtual Camões disponibiliza, em colaboração com a RTP, episódios seleccionados do programa “Cuidado com a Língua!”.

A vertente didáctica e ao mesmo tempo informativa e lúdica, divertida e com algum humor deste programa, é contextualizada com uma descrição dos conteúdos de cada episódio, o que facilita a sua utilização para auto-aprendizagem.

Cada episódio tem seis/sete temas («LÍNGUA VIVA», «CURIOSIDADES LINGUÍSTICAS», «CONFUSÕES LINGUÍSTICAS», «PORTUGUÊS MALTRATADO», «COMO DIZ», «PALAVRAS COM HISTÓRIA», «PALAVRAS MUTANTES», e «EM PORTUGUÊS NOS (DES)ENTENDEMOS»), mas com a flexibilidade de se tratar um só assunto.

Apresentado pelo actor Diogo Infante, que faz a apresentação/ligação de cada programa, com textos em off ou complementares (diálogos, etc.) lidos pela jornalista Maria Flor Pedroso, o programa combina cenas ficcionadas, com imagens de actualidade e outras (arquivo, filmes, etc.), o grafismo, a animação, os diagramas, o vídeo e efeitos sonoros apropriados, misturados com imagens de depoimentos de especialistas ou em inquéritos de rua. A montagem acentua a vivacidade de uma língua tão variada como a nossa.

“Cuidado com a língua” tem a autoria de José Mário Costa, com a participação da professora Maria Regina Rocha e do jornalista João Lopes Marques, que escreveu os guiões de cada um dos 13 programas, produzidos e realizados integralmente pela produtora “Até ao Fim do Mundo”. Encontra mais episódios deste programa no Centro Multimédia da RTP em sistema Podcast.

O Centro Virtual Camões disponibiliza, em colaboração com a RTP, episódios seleccionados do programa “Cuidado com a Língua!”.A vertente didáctica e ao mesmo tempo informativa e lúdica, divertida e com algum humor deste programa, é contextualizada com uma descrição dos conteúdos de cada episódio, o que facilita a sua utilização para auto-aprendizagem.

Cada episódio tem seis/sete temas («LÍNGUA VIVA», «CURIOSIDADES LINGUÍSTICAS», «CONFUSÕES LINGUÍSTICAS», «PORTUGUÊS MALTRATADO», «COMO DIZ», «PALAVRAS COM HISTÓRIA», «PALAVRAS MUTANTES», e «EM PORTUGUÊS NOS (DES)ENTENDEMOS»), mas com a flexibilidade de se tratar um só assunto.

Apresentado pelo actor Diogo Infante, que faz a apresentação/ligação de cada programa, com textos em off ou complementares (diálogos, etc.) lidos pela jornalista Maria Flor Pedroso, o programa combina cenas ficcionadas, com imagens de actualidade e outras (arquivo, filmes, etc.), o grafismo, a animação, os diagramas, o vídeo e efeitos sonoros apropriados, misturados com imagens de depoimentos de especialistas ou em inquéritos de rua. A montagem acentua a vivacidade de uma língua tão variada como a nossa.

“Cuidado com a língua” tem a autoria de José Mário Costa, com a participação da professora Maria Regina Rocha e do jornalista João Lopes Marques, que escreveu os guiões de cada um dos 13 programas, produzidos e realizados integralmente pela produtora “Até ao Fim do Mundo”. Encontra mais episódios deste programa no Centro Multimédia da RTP em sistema Podcast.

Nova ortografia intenta unificar escrita e promover o português globalmente

Desde 1990 foi assinado um acordo para unificar a escrita do português, em qualquer de suas vertentes, europeia, sul-americana, africana e asiática. No entanto, dois protocolos modificativos sobrevieram, alterando a sua entrada em vigência, e relativizando a abrangência de sua aplicação no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, formada por oito Estados-Membros.

Em 1998, havia previsão de que as novas regras valeriam somente após a ratificação do acordo e seu depósito legal, sem prazo assinalado, por parte de todos os Estados integrantes da comunidade, sem exceção. A falta de prazo inibiu os acontecimentos. A partir de 2004, ganhou, enfim, condições de efetividade ou de implementação, porque passou a prescindir de aplicação unânime, desde que adotado por três dentre os países membros da comunidade. Quatro anos depois disso, Portugal se somou ao Brasil, Cabo Verde, e São Tomé e Príncipe, que foram os primeiros a aderir ao segundo protocolo modificativo.

Nos quatro países, do momento em diante em que se deu a ratificação definitiva do acordo, haverá um tempo de moratória para a sua aplicação obrigatória: nesse entretempo será admissível a coexistência da nova e da anterior ortografias.  É o tempo de que necessitarão, por exemplo, as escolas, para adaptar seus sistemas de ensino às novas regras, começar e, por fim, incrementar a aprendizagem em completa escala. É o tempo de que precisarão todos os usuários para se acostumar às modificações mais difíceis, ou de que se valerão jornais e a indústria editorial em geral para adequar e uniformizar paulatinamente suas publicações.

Em Portugal, foi definida uma moratória de seis anos, a contar de 2009. Seu Ministério da Educação já anunciou que a partir do ano letivo 2011/2012 a aprendizagem da escrita e da leitura se dará unicamente pela nova ortografia, mas apenas após o sexto ano da moratória o conteúdo do acordo se tornará obrigatório. No Brasil, a contar do ano passado as alterações na ortografia começaram a conviver com a anterior – e as modificações serão obrigatórias antes de Portugal, em 1º. de janeiro de 2013.

Mesmo que a unificação da escrita não se dê no conjunto dos países da CPLP, a iniciativa inegavelmente facilitará o intercâmbio entre os cidadãos dos países signatários do acordo, e representará um grande passo para intensificar a promoção do idioma no mundo.

De todo modo, o acordo, que já atravessa duas décadas – desde quando foi primeiramente proposto – e só agora encontra condições de entrar em vigência nos quatro citados países, necessariamente passará em algum momento por ajustes.

A crítica ou preocupação mais “política”, segundo conotação trazida pelo Ministério da Cultura de Portugal, traduz-se na falta, a despeito de se falar em “acordo ortográfico”, de justamente um vocabulário ortográfico comum entre os países signatários, ou um vocabulário publicado em conjunto, a par, naturalmente, dos vocabulários de uso mais localizado.

José Mario Costa, diretor do portal Ciberdúvidas (da Língua Portuguesa), localizado em Portugal, afirmou no ano passado em matéria do jornal brasileiro Folha de São Paulo, que o Brasil precipitou-se. Não criou, por exemplo, estruturas comuns com os portugueses para resolver uma série de casos abertos ou omissos, ou seja, para lidar com casos imprevistos ou não resolvidos pelo atual acordo ortográfico.

Na mesma matéria, o linguista João Malaca Casteleiro, responsável pela discussão do acordo pelo lado de Portugal, afirmara que o ideal teria sido a implementação simultânea das reformas ortográficas, e lastimava que isso não se dera no âmbito da CPLP porque esta elegera como central a política de disseminação e valorização comum da língua. Como se pode promover a língua sem resolver problemas de divergências ortográficas que mesmo ante o acordo ficam pendentes?

De fato, há vários “desacordos” ortográficos cuja resolução não pode ser instrumentalizada ou inferida do conjunto de regras do acordo ratificado entre os quatro países até este momento subscritores.

Antes de se defrontar com essas dúvidas não sanadas, matéria-prima para a discussão de numerosos linguistas nos próximos anos, convém aclarar que no geral as modificações às regras anteriormente estabelecidas vêm sendo adotadas sem sobressaltos.

Pela internet, alguns sites se prestam a auxiliar na adoção da nova grafia. No Brasil, em umportuguês.com aprende-se escrevendo. Vale a pena começar pelo texto de exemplo lá disponibilizado após um clique. O site também distribui, em seções próprias, tema por tema, os destaques do acordo ortográfico. Além disso, relaciona as dúvidas mais difíceis, ou seja, sobre as quais até agora não se chegou a qualquer “acordo”, oferecendo importante informação. Pelo site, ainda é tornado acessível o inteiro teor das atuais reformas ortográficas.

http://umportugues.com/

Se quiser conhecer um rápido e bem efetuado resumo das novas regras, descarregue o arquivo pdf do dicionário brasileiro Aulete, clicando aqui: (http://aulete.uol.com.br/acordo/regras_simplificadas.pdf)

Esse dicionário brasileiro, editado pela Lexicon, pode ser consultada grátis e online, desde um pequeno aplicativo que pode ser instalado no computador através do menu de download, já vem sendo adaptado à nova grafia:

http://www.auletedigital.com.br/

Outro excelente dicionário para ser consultado online, e no qual coexistem as opções de busca pelas duas ortografias, a nova e a anterior, é o Priberam, de Portugal:

http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx

Também em Portugal, o portal aeiou.visão ajuda a se situar ante as novas regras, exibindo um guia prático:

http://aeiou.visao.pt/guia-pratico-para-perceber-o-acordo-ortografico=f543282

Ainda em Portugal, onde o acordo, como se deduz mais acima, suscitou resistências, críticas e preocupações (que não encontraram veemência correspondente no Brasil), o portal sapo criou páginas especiais para a discussão e o aprofundamento sobre a nova ortografia, a exemplo desta:

http://orto.no.sapo.pt/c00.htm

Igualmente no país europeu, através do seu portal da Língua Portuguesa, conheça o projeto e faça buscas no seu Vocabulário Ortográfico em conformidade com as novas regras:

http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=vop

No Brasil, faça o mesmo com o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras:

http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23

 

No Brasil, agora todo ano é ano de Olimpíada de Português

Eis um concurso pelo qual se fomenta a criatividade e o exercício da escrita, escolhendo-se as melhores performances escolares na expressão do idioma em gêneros como poesia, memórias literárias e crônicas. Uma de suas principais finalidades é contribuir para que as escolas e seus professores revejam ou renovem seus métodos, dinamizando a aprendizagem e o desenvolvimento da escrita de seus alunos.

Desde 2002 até 2006 em edições bienais, e depois disso anualmente, é realizada a Olimpíada da Língua Portuguesa.  A princípio, surgiu como iniciativa da Fundação Itaú Social.  A partir de 2008, tornou-se política pública governamental, apoiada com a estrutura do Ministério da Educação. No momento, valorizando a sua origem, é promovida conjuntamente por essa fundação e por esse ministério, constituindo-se numa parceria exemplar entre setor público e uma instituição privada.

Soltando o verbo e atingindo a meta, os atletas (alunos e seus professores) ganham prêmios. Os vencedores principais, que alcançarem as melhores colocações, além de receberem um computador cada, obtêm como láurea para a sua escola a doação de uma dezena de computadores,  uma impressora e uma coleção substancial de livros para a biblioteca.

Quer saber como e quando acontece, como veio sendo ao longo dos anos? Quer assegurar uma vaga no pódio e ainda não sabe como participar? Visite os links a seguir:

http://ww2.itau.com.br/itausocial/olimpiadas2010/web/site/


http://olimpiadadelinguaportuguesa.mec.gov.br/olimpiada

Um museu vivo e interativo para a língua portuguesa

‘Menas’ foi uma exposição multimídia dentre as mais destacadas
realizadas pelo Museu da Língua Portuguesa.

Em parte da Estação da Luz, prédio que é um marco arquitetônico e emblemático do tempo em que os trens imperavam como principal meio de transporte no país, está instalado o Museu da Língua Portuguesa, justamente na cidade que concentra a maior aglomeração de falantes do idioma no mundo, em São Paulo, no Brasil –  por volta de 11 milhões.

 

algumas tomadas da Estação da Luz

Criação recente, surgido em 2006, passou a irradiar novas luzes sobre o conceito de museu, mediante o uso de tecnologias de ponta, de recursos interativos e de mídias variadas, que além de valorizarem o legado da língua escrita, primam por festejar a oralidade do idioma, com exposições multimídias aliando a palavra ou o verbo ao universo das artes visuais e audiovisuais.

O museu destina-se a revelar a língua como elemento fundador da cultura, mostrando suas origens, história e influências, a aproximar os usuários da língua enquanto “proprietários” do idioma e seu agente modificador, e a valorizar a diversidade da cultura brasileira. O museu promove também o intercâmbio entre os países que empregam o português, realiza cursos, palestras e seminários sobre o uso do idioma e estudos em linguística, parte deles dedicado a temas que transcendem fronteiras.

Em sua página na web, a par de conhecer como se pode visitá-lo e aproveitá-lo, elegendo exposições temporárias dentro de sua programação, há um ótimo noticiário sobre o que acontece na instituição, e sobre fatos e personalidades marcantes do universo da língua.

Na seção Textos, há uma importante coletânea de estudos que tratam desde análise do discurso, linguística textual, problemática do ensino da língua como idioma materno e não-materno, discussão das técnicas redacionais de correlação entre orações por coordenação e subordinação, investigação sobre como nascem e morrem as línguas e sobre famílias linguísticas, a origem de nossa língua, sua estrutura, comparação entre o português da América e o de Portugal com outras línguas, reflexões sobre como estudar e aprender o idioma, a validade dos conceitos de certo e errado no emprego do idioma, o valor da variação linguística, até a tentativa de explicitar o que significaria uma política linguística para o português. Assinando os textos desfilam nomes de estudiosos gabaritados, a exemplo de Ataliba T. de Castilho, Mary A. Kato, Rosa Virgínia Mattos e Silva e Rodolfo Ilari.

 

Saiba mais sobre como foi Menas, uma da mais instigantes exposições do Museu da Língua Portuguesa, a partir de um vídeo da revista Nova Escola pelo YouTube:

Encontre mais links dentre os melhores sobre o idioma no site da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

……………………………………………………
E deixa os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
…………………………………..

(Caetano Veloso, em “Língua”,
canção integrante do álbum Velô)


Última Flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, descuidada e obscura.
Tuba de alto canglor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
…………………………………………….

(Olavo Bilac, fragmento do poema
“Língua”, em Poesias)


Não chóro por nada que a vida traga ou leve. Há porém paginas de prosa me teem feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noute em que, ainda creança, li pela primeira vez numa selecta, o passo celebre de Vieira sobre o Rei Salomão, “Fabricou Salomão um palacio…” E fui lendo, até ao fim, tremulo, confuso; depois rompi em lagrimas felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquelle movimento hieratico da nossa clara lingua majestosa, aquelle exprimir das idéas nas palavras inevitaveis, correr de agua porque ha declive, aquelle assombro vocalico em que os sons são cores ideaes – tudo isso me toldou de instincto como uma grande emoção politica. E, disse, chorei; hoje, relembrando, ainda chóro. Não é – não – a saudade da infancia, de que não tenho saudades: é a saudade da emoção d’aquelle momento, a magua de não poder já ler pela primeira vez aquella grande certeza symphonica.

Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente…

(Declaração, na ortografia da época em que viveu, feita pelo poeta Fernando Pessoa)


A civilização que vicejou na península ibérica, a partir de Portugual, difundiu-se geograficamente, impulsionando-se para a África, América do Sul e Ásia, e deixou marcas profundas principalmente em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste, onde o português é o idioma – em suas variantes locais – oficial.

Todos esses países vinham se reunindo desde 1989 com o objetivo de institucionalizar uma comunidade de nações dedicada não somente à difusão e valorização do idioma como também à cooperação internacional sobretudo nas áreas social, cultural e econômica. A Comunidade foi, enfim, criada, com sede inicial na capital portuguesa, em Lisboa.

Ela é constituída pela Conferência de Chefes de Estado e do Governo, Conselho de Ministros, Comitê de Concertação Permanente e Secretariado Executivo. Seu órgão máximo, a Conferência, se reúne periodicamente, no intervalo de dois anos. A última, ou oitava Conferência, ocorreu em Luanda, capital de Angola, em 23 de julho de 2010.

Os passos desse organismo multilateral podem ser acompanhados pela web no site da CPLP. Ao clicar no menu Plataformas, no cabeçalho da página, é possível acompanhar ou se informar sobre ações envolvendo desde a sua administração interna, até toda uma série de questões de interesse transnacional, relacionadas, para exemplificar algumas, com Cultura, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Correios e Telecomunicações, Desporto, Educação, Saúde, Migrações, Segurança e Defesa.

Dentre outras iniciativas de relevo, a CPLP, em parceria com a Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), concebeu o Prêmio Fernão Mendes Pinto, que destaca anualmente uma tese de mestrado ou doutoramento que contribua para a aproximação entre as mais diversas comunidades de falantes do idioma.

http://www.cplp.org/

No site da Comunidade há uma seleção das principais organizações e serviços de referência, espalhados pelo mundo, em matéria de promoção e difusão do idioma e culturas em português, como é o caso do Instituto Camões.

O Instituto Camões difunde o idioma e culturas em português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão resaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
………………………………………..

(Fernando Pessoa, “Mar Portuguez”,
décimo poema em Mensagem,
fragmento com a ortografia original do poeta)

Dentre as grandes “empresas ultramarinas”, como as empreendidas sobretudo pelos espanhóis e portugueses (seguidas, e patrocinadas, em gigantesca medida pelos ingleses, e em menor amplitude pelos holandeses), que há cinco séculos propiciou um encontro ou choque entre povos em escala planetária, redundando na colonização européia das Américas, parte da África e Ásia, e de várias ilhas e da Austrália na Oceania, nenhuma delas deixou cristalizado – na tessitura literária de uma língua e no imaginário moderno que conflui barco e mar com o propósito de refundação de uma nação – um nome que supere o de Camões e desbanque a sua epopéia Os Lusíadas. Justamente por isso seu nome foi dado ao instituto criado por Portugal, integrado à estrutura do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, com a missão de promover mundialmente a cultura expressada no idioma tido como a “última flor do Lácio”, ou seja, derradeiro dos rebentos do Latim.

Pelo site do Instituto Camões,  vê-se que a missão, além de bem materializada via web, é realizada mediante a manutenção de centros culturais e centros específicos para o ensino da língua espalhados em vários continentes, a adoção de redes internacionais de docência, a celebração de acordos culturais entre várias nações, a concessão de bolsas de estudo inclusive a cidadãos estrangeiros dedicados à lusofonia, o fomento à edição de traduções para outros idiomas de obras originalmente criadas ou publicadas em língua portuguesa, e a publicação da Revista Camões (também disponibilizada digitalmente), cuja editoração, iniciada em 1998, encontra-se interrompida com o número 19, saído em 2006.

Já foram temas da prestigiosa revista, que é acompanhada de resumos em inglês, francês e espanhol, após o número inaugural dedicado à lusofonia (investigação das identidades entre países, regiões, cidades, comunidades e pessoas falantes do português), a Revolução dos Cravos (marco da história recente de Portugual, por ocasião dos 25 anos do 25 de abril, em 1999), a personalidade e obra de José Saramago (assim que o escritor foi  laureado com o Nobel  em 1998), outras figuras ímpares da cultura e história portuguesa como o prosador Eça de Queirós, o cineasta Manoel de Oliveira e o governante Marquês de Pombal (cuja política teve crucial influxo no Brasil durante o período colonial, a exemplo de na  adoção obrigatória e única da língua portuguesa no meio educacional,  em lugar da mescla desta com idiomas nativos que era o modelo adotado pelos jesuítas). A publicação também abriu espaço para o boom da literatura hispano-americana nos Estados Unidos, e ainda para o significado e a magnitude da obra literária de brasileiros como Lygia Fagundes Telles e Carlos Drummond.  Chegou também a discutir o intercâmbio artístico em outras áreas, a exemplo de na arquitetura e no teatro, entre países de fala portuguesa. E ainda se dedicou a traçar um painel das relações especiais que Portugal manteve com o Marrocos.

A par da disponibilização no site do instituto de quase duas dezenas de exemplares dessa prestigiosa revista,  outros pontos altos desse espaço na web são o oferecimento de um noticiário vasto, diversificado (atualizado várias vezes mês a mês, acessável a princípio através de amostra com destaques exibida na própria página de abertura, ou em boxs de links logo abaixo, igualmente por meio da seção Encarte JL, após clicar em Edição na barra lateral à esquerda, ou pelo menu Notícias no cabeçalho) e a implementação do Centro Virtual Camões.

O instituto surgiu em 1992, é herdeiro de um legado de instituições anteriormente ciradas com objetivos afins, a primeira surgida desde 1929.  Continua sendo a principal organização atuante na promoção mundial do idioma. Produz de modo continuado, também via web,  uma diversidade impressionante de contéudos culturais e educacionais de qualidade. O conteúdo é concebido tanto para ser apreciado online quanto para ser obtido em formato digital e desfrutado desconectado. Encontra-se reunido no Centro Virtual Camões, aninhado no proprio site ou portal do instituto, onde pode ser consultado também por meio de biblioteca digital subdividida em áreas específicas do conhecimento para facilitar a pesquisa.

Através do Centro Virtual Camões, cujo ingresso pode ser feito na própria página inicial do site do instituto, é possíbel obter , indo, pois, até a biblioteca –  dentre amplo acervo de obras capitais para a compreensão da língua e cultura portuguesas –,  um exemplar digital da republicação de Os Lusíadas, contemplada com leitura, prefácio e notas de Álvaro Júlio da Costa Pimpão, e apresentada por Aníbal Pinto de Castro.  A edição se constitui na melhor ajuda especializada para penetrar na epopéia e fruir com conhecimento afiado o rumor da língua de uma civilização ibérica no momento em que se projetava  para deixar suas marcas nas culturas principalmente de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe,  e Timor-Leste, países nos quais o idioma, em suas variantes locais, atualmente é o oficial.

Para quem ainda não se aventura em grandes viagens pelo oceano da literatura,  mas deseja ficar na crista das ondas desses mares dantes visitados por Camões, poderá ser instigante conhecer previamente a série de 12 poemas com os quais o poeta Fernando Pessoa, no livro Mensagem (obra de domínio público, de franco e farto acesso pela internet), retomou no século passado o tema das navegações portuguesas, isto é,  da grandeza ansiada por uma nação lançada às águas.

Como proveitoso exemplo do conteúdo produzido pelo instituto e oferecido através do seu Centro Virtual Camões, é imperdível conferir sua História da Língua Portuguesa em linha.

Instituto Camões - Portugal

http://www.instituto-camoes.pt/

história da língua portuguesa em linha

http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/index1.html

Alguns outros dentre os principais sites de organizações e de serviços de referência em matéria do idioma e culturas em português a conhecer através deste blog são os da Biblioteca Nacional Digital de Portugual, da Biblioteca Nacional Digital do Brasil, do Museu da Língua Portuguesa, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

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